quarta-feira, 1 de setembro de 2010

'Que nem um prego à chuva'

Tal e qual como um prego deixado a enferrujar à chuva, também o coração começa a enegrecer e a mirrar com a quantidade enorme de lágrimas que é possível serem libertadas pelos nossos olhos naqueles dias em que acordamos de manhã e sentimos que algo nos falta, ou naqueles dias em que nos vamos deitar e ficamos horas a fio a olhar pela janela com esperança de nos apercebermos o que é que nos falta.
Ao inicio pensei que o que me faltava era o teu amor, e todos aqueles momentos escaldantes que passamos juntos. Mas depressa me apercebi que o que eu sentia realmente falta de era o teu toque suave nas minhas orelhas ou o cheiro doce da tua pele, ou o simples facto de saber que sempre que chegasses perto de mim eu tinha direito a um sorriso daqueles que aquecem o coração e nos fazem eriçar os pelos da nuca.
Percebi tambem que sentia falta dos momentos em que paravas minutos a olhar para mim, mesmo quando eu estava distraído e te rias baixinho com prazer em saber que me tinhas como garantido.
Senti falta sobretudo de poder olhar para as fotografias que tirávamos, porque sabia que não as devia ver. Não senti falta do teu amor! Senti sim falta de me sentir amado por alguém e do amor que eu tinha por mim próprio e tu fizeste questão em levar.
Tenho saudades...

3 comentários:

  1. s de sergio, sincero, simples, saudade!

    muito lindoooooooooooo

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  2. É como se falta-se um pedaço de coração...como se tivessem levado o melhor de que há em ti...

    Gostei...continua :)

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