quinta-feira, 2 de setembro de 2010

'Montanhas e Vales'

Sentei-me e olhei, olhei o mais longe que os meus olhos me permitiram e a paisagem repetia-se vezes sem conta: montanhas, vales, vales e mais montanhas e lembrei-me de ti.
Também tu foste uma vastidão em que eu tentei não me perder, mas as tuas ideias e sentimentos eram sempre os mesmos: montanhas, vales, vales e mais montanhas e lembrei-me quanto costumo enjoar em montanhas-russas. Talvez tenha sido por isso que decidi tapar os olhos e esquecer que um dia me perdi em tamanha vastidão.
Se por acaso um dia procurares bem nesse teu emaranhado sombrio a que insistes em chamar de 'coração', talvez consigas ainda ver os indícios da minha passagem por ai, engole o orgulho e olha para baixo, desce desse teu pedestal frio e procura no chão as minhas pegadas. Mas fica aqui um aviso, não as tentes seguir, porque estas não vão dar a lado nenhum.

Agora vou me levantar e esquecer as montanhas, vales, vales e mais montanhas que tenho à minha frente porque me apercebi que apesar da paisagem ser convidativa, nem sempre os caminhos que esta nos oferece são direitos e fáceis de caminhar em.

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